Por que o engajamento dos colaboradores reforça a PLD-FT?

Todo especialista em gestão moderna destaca que o engajamento dos colaboradores impacta fortemente os resultados de uma companhia. Será que podemos dizer o mesmo no âmbito da Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLD-FT)? Sem dúvida, sim.

Quando os funcionários, de todos os níveis hierárquicos, têm um envolvimento ativo nas políticas internas de PLD-FT da empresa, os resultados são mais eficazes. Por isso, o engajamento dos colaboradores é vital nisso.

Ao engajar os colaboradores na PLD-FT, fundamenta-se a base para uma cultura organizacional sólida, além de fortalecer as defesas contra atividades ilícitas. Para chegar a esse patamar, a cultura organizacional tem que valorizar a integridade e a ética, prezando pela transparência. Ela deve incentivar que cada um se esforce em identificar proativamente os riscos. 

Dessa forma, a companhia consegue amenizar as ameaças, garantir o compliance, mas ainda contribui para a segurança do sistema econômico-financeiro e social do país, ao reduzir atividades ilícitas e seus malefícios. 

Como engajar os funcionários

Para envolver os colaboradores nas políticas internas contra a lavagem de dinheiro, há uma série de estratégias:

Conscientização 

O primeiro passo é garantir que os colaboradores compreendam as práticas e a política interna de PLD-FT. Com esse conhecimento, cada um entende suas próprias responsabilidades e consegue identificar os sinais de alerta no caso de atividades suspeitas. Entretanto, não basta informar sobre isso, é preciso sensibilizar cada indivíduo.

Adesão

A prevenção realmente eficaz contra a lavagem de dinheiro só ocorre quando há a adesão de todos os colaboradores nos procedimentos definidos pela organização. Esses procedimentos devem ser listados de forma clara e de fácil compreensão. E a empresa deve monitorar os níveis de adesão e reforçá-los de tempos em tempos.

Atitude proativa

Deve-se incentivar que os colaboradores se mantenham alertas no dia a dia, para que identifiquem precocemente padrões e transações suspeitas ou incomuns, e tenham atitude proativa diante de ameaças de lavagem de dinheiro. Aqui é essencial que haja canais de comunicação abertos para que os funcionários se sintam à vontade para relatar preocupações ou fazer perguntas, promovendo, assim, a transparência.

Treinamento contínuo

As ameaças de PLD-FT são dinâmicas, o que leva à necessidade de programas de treinamento constantes. Os funcionários devem ter acesso a informações, quanto às novas técnicas utilizadas pelos criminosos, assim como com as tendências que despontam no setor. 

Como treinar com vistas ao engajamento

O treinamento de PLD-FT deve focar nas políticas, procedimentos e ferramentas predefinidos pela organização. Entre os tópicos, estão: a identificação de sinais de alerta, os procedimentos de due dilligence, os relatórios de transações suspeitas e a conformidade com leis, regulamentos e normas do respectivo setor. 

Aqui, o software da Regcheq entra como um forte aliado da empresa, já que ajuda a identificar padrões suspeitos, assim como clientes que estejam nas listas de Pessoas Expostas Politicamente (PEP), as quais podem representar riscos adicionais às organizações, exigindo um pouco mais de cuidado quando se estabelecem relações comerciais.

De qualquer forma, o conteúdo do treinamento deve estar alinhado com os objetivos da empresa. E deve ser apresentado de modo que os colaboradores entendam como seu engajamento impacta positivamente na reputação da empresa, no compliance e na proteção aos clientes. Isso faz com que eles assumam o protagonismo no seu cotidiano.

Como dito anteriormente, é essencial que seja oferecido treinamento regular, para uma melhor fixação por parte do “aluno” e também porque nada é estático no mundo dos negócios, na legislação e na criatividade dos criminosos. Por isso, o conteúdo deve ser sempre atualizado e ficar disponível para quem quiser acessar a qualquer hora e de qualquer lugar. 

Para evitar que pouco seja absorvido durante esses treinamentos, algumas dicas preciosas para garantir um excelente envolvimento das pessoas são:

• Adapte o treinamento para o contexto do trabalho de cada funcionário – ou grupo de funcionários –, para que este entenda a relação entre lavagem de dinheiro e sua respectiva função.
  
  
• Apresente cases reais ou fictícios. Exemplos práticos e visuais, utilizando imagens, infográficos ou vídeos, acionam melhor a compreensão e assimilação das pessoas. Depois, pode-se promover uma roda de conversa para se discutir como tal caso poderia se manifestar no cotidiano do trabalho de cada um.
  
  
• Exercícios práticos, simulações e gamificação são ótimas ferramentas para aumentar a retenção de informações, porque os colaboradores podem aplicar o aprendizado de forma até mais divertida. Esse tipo de aprendizado também melhora a rapidez de ação quando for necessário, funcionando como um gatilho.
  
  
• Estimule o engajamento oferecendo programas de incentivos e reconhecimento para quem se destaca em PLD-FT.
  
  
• Promova o feedback construtivo para os colaboradores, podendo incluir avaliações e sugestões para melhoria.

Quando se adota uma abordagem de treinamento abrangente e envolvente, a empresa garante que seus colaboradores compreendam a importância da PLD-FT e estejam prontos para agir rapidamente contra operações e atividades ilícitas.

O investimento no engajamento dos colaboradores não é apenas uma estratégia de conformidade, mas também um modo de fortalecer os relacionamentos entre os colaboradores e a empresa, assim como entre eles mesmos. 

Por fim, vale ressaltar que uma cultura organizacional, que reforça os valores éticos e a integridade junto a seus colaboradores, é uma poderosa ferramenta contra as práticas de PLD-FT. O engajamento das pessoas na construção de uma cultura, que desencoraja comportamentos ilícitos, cria um ambiente onde a prevenção se torna parte intrínseca do dia a dia do trabalho. E o principal ganho corporativo é o sucesso no longo prazo.